This content originally appeared on DEV Community and was authored by Wagner Silva
Entrar no mundo do DevOps pode parecer assustador à primeira vista. São muitas ferramentas, muitos termos técnicos e a sensação constante de que “todo mundo já sabe tudo” — menos você. Mas a verdade é que DevOps é muito mais sobre entender o fluxo, a cultura e a lógica por trás da entrega de software do que decorar nomes de ferramentas ou tentar aprender tudo ao mesmo tempo. E quanto mais cedo você entende isso, mais leve a jornada fica.
DevOps nasce da necessidade de aproximar desenvolvimento e operações para que o software seja entregue de forma mais rápida, estável e confiável. Por muito tempo, essas áreas trabalhavam como ilhas separadas, o que gerava falhas de comunicação, retrabalho e processos lentos. A cultura DevOps chega exatamente para quebrar esses silos, incentivando automação, colaboração e melhoria contínua.
Para quem está começando, o melhor caminho não é sair estudando dezenas de ferramentas. O ponto de partida é entender o funcionamento do ambiente onde elas rodam. Isso geralmente começa por Linux e terminal — praticamente tudo no universo DevOps se apoia nisso. Aprender comandos básicos, lidar com processos, analisar logs e configurar serviços simples já faz um enorme diferencial. Depois disso, o próximo passo é dominar Git, porque versionamento é a base de todo pipeline moderno.
Quando você se acostuma ao fluxo de Git e entende como mudanças fluem dentro de um repositório, Docker começa a fazer sentido. Containers são essenciais no ecossistema atual e ajudam a garantir ambientes consistentes em desenvolvimento, testes e produção. Entender como criar uma imagem, rodar um container e usar Docker Compose já te coloca anos-luz à frente do iniciante comum.
A partir daí, CI/CD aparece naturalmente. Você descobre que não quer mais rodar tudo na mão — quer automatizar. Seja com GitHub Actions, GitLab CI ou Jenkins, o objetivo é sempre o mesmo: testar, construir e entregar software automaticamente sempre que ocorrer uma mudança no código. E é nesse momento que você percebe que DevOps não é sobre apertar botões, mas sobre criar mecanismos que funcionam sozinhos.
O próximo elemento dessa jornada é a nuvem. Escolher AWS, Azure ou GCP não muda muito no início — o importante é entender como serviços são provisionados, como uma aplicação chega a um servidor, como funciona uma rede, um bucket, uma instância. Quando você domina o básico da nuvem, a infraestrutura como código surge como evolução natural. Ferramentas como Terraform permitem criar e destruir ambientes inteiros com um único comando, usando código versionado, auditável e replicável.
Só depois de tudo isso, Kubernetes começa a fazer sentido. Ele é poderoso, mas não deve ser o primeiro passo de ninguém. Ele é a soma de vários fundamentos: containers, redes, automação, cloud e boas práticas de deploy.
A verdade é que começar no DevOps não significa saber tudo. Significa entender o fluxo: código → versionamento → container → automação → deploy → observabilidade. O resto é consequência de prática constante e curiosidade.
E o mais importante: DevOps é tanto sobre pessoas quanto sobre tecnologia. Comunicação clara, colaboração, cultura de feedback, aprendizagem contínua — tudo isso pesa tanto quanto qualquer ferramenta.
A jornada é longa, mas não precisa ser confusa. Comece pequeno, entenda o porquê das coisas, pratique com projetos reais e aceite que evolução contínua faz parte da cultura DevOps. Com o tempo, você vai perceber que o mais difícil não é aprender DevOps… é decidir por onde começar. Depois que você começa, tudo começa a se conectar de forma surpreendente.
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Wagner Silva | Sciencx (2025-11-25T23:40:38+00:00) Começando no Mundo do DevOps: O Guia Simples que Eu Gostaria de Ter Tido. Retrieved from https://www.scien.cx/2025/11/25/comecando-no-mundo-do-devops-o-guia-simples-que-eu-gostaria-de-ter-tido/
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